Numa sessão com duração de apenas 28 minutos, a Câmara de Vereadores de Várzea Grande aprovou, por ampla maioria, as contas do prefeito Wallace Guimarães (PMDB) referentes ao ano de 2013. Dos 21 parlamentares que compõem o Legislativo da "cidade industrial", 17 votaram a favor, dois contra e apenas uma abstenção.

A uma semana o vereador Carlos Garcia (PTC) era oposição ferrenha ao Walace já ontem saiu em defesa de Wallace Guimarães e fez críticas contundentes ao comportamento do TCE. "O tribunal é incoerente. Se compararmos as contas de Várzea Grande com de outras cidades que receberam parecer favorável, iremos ver falta de critérios. Não podemos aceitar que Várzea Grande seja o patinho feio da história e orgão tem que parar de ser contra a cidade. Temos que dar um voto de confiança ao prefeito", disse o parlamentar que é advogado particular do empresário Josias Guimarães, irmão de Wallace.

VOZES ISOLADAS,MAIS FIRMES:

Únicos dois parlamentares a votarem contra a aprovação das contas, João Madureira dos Santos (PSC) e Nilo Campos (PV) teceram críticas a aprovação dos balancetes contrariando o orgão de controle. Madureira considerou como "imoral" o fato do líder do prefeito ser o relator do processo dentro do parlamento.

Nilo Campos disse que “se o TCE é um órgão altamente qualificado para analisar e considerar que as contas apresentavam tais irregularidades, não há porque se opor ao parecer”. O vereador disse que votou de consciência tranquila, e que independente de ser oposição ele tem a obrigação de ser um agente fiscalizador do dinheiro público. 

Nilo Campos disse também que continua como oposição ao governo e afirmou não temer nenhum tipo de retaliação do prefeito e que continuará votando favorável aos projetos de interesse da população, de forma independente. “Temos que exercer nosso papel de representantes do povo, independentemente dos interesses partidários”, afirmou Nilo.

Com a decisão desta noite, Wallace se livra de se tornar "ficha suja". Mesmo com índices impressionantes de recusa popular, ele está até este momento liberado juridicamente para disputar eventualmente a reeleição no próximo ano.